Urgente! Seu café da manhã nunca mais será o mesmo? Uma possível reviravolta nas políticas comerciais americanas pode impactar diretamente o seu bolso e o sabor do seu dia a dia. Prepare-se para entender como as tarifas propostas podem transformar o cenário do cafezinho brasileiro nos Estados Unidos.
A possível imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as importações do Brasil, proposta pelo então presidente Donald Trump, gerou grande apreensão entre os apreciadores de café nos Estados Unidos. A medida, que afetaria desde o café servido em renomadas cafeterias até o preparado no conforto do lar, poderia elevar significativamente os preços da bebida.
Tal cenário pressionaria ainda mais a indústria cafeeira, que já enfrentava um período de alta nos preços em nível global. As severas secas no Brasil e no Vietnã, dois dos maiores exportadores de café para os Estados Unidos, resultaram em colheitas menos abundantes, impulsionando ainda mais os preços.
Os consumidores americanos já sentem o impacto no aumento dos preços nos supermercados. Dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA indicavam que, no final de maio, o preço médio de 450 gramas de café torrado e moído alcançava US$ 7,93, um aumento considerável em relação aos US$ 5,99 registrados no mesmo período do ano anterior.
Em 2023, o Brasil foi responsável por mais de 8,1 milhões de sacas de café, cada uma contendo 60 quilos, que foram importadas pelos Estados Unidos. Segundo Guilherme Morya, analista de café do Rabobank em São Paulo, qualquer mudança abrupta nessa dinâmica representaria uma “situação de perda para todos”.
Morya ressalta que os fornecedores brasileiros estão demonstrando resistência e aguardam possíveis negociações que os dispensem da necessidade de buscar compradores em outros países.
Caso as novas tarifas de 50% entrem em vigor, o analista prevê uma “reformulação no fluxo de café no mundo”, com impactos especialmente significativos nas exportações do Brasil para outras regiões.
Grandes empresas compradoras de café, como a Starbucks, diversificam suas fontes de abastecimento em todo o mundo e frequentemente estabelecem contratos de longo prazo para a compra de grãos, o que as protege de choques de preços imediatos. No entanto, alguns analistas alertam para a possibilidade de disputas, uma vez que alguns clientes podem tentar reestruturar suas cadeias de suprimentos para evitar as tarifas sobre o café brasileiro.
“Com Trump adotando essa estratégia tarifária de bater na toupeira, isso vai causar muita incerteza para você, como fabricante de café”, disse Cummings.
A mudança de fornecedores, no entanto, também apresenta desafios. Caso os fabricantes optem por direcionar suas compras para o Vietnã, outro importante produtor de café, eles se tornarão dependentes de uma produção menor.
Além da potencial interrupção na quantidade, a qualidade do café importado pelos Estados Unidos também pode ser afetada. Grande parte do café produzido no Brasil é da variedade arábica, reconhecida por sua qualidade superior em comparação com o robusta, mais amargo e produzido principalmente no Vietnã e em outras regiões da Ásia.
Outros fornecedores dificilmente conseguiriam igualar a robusta produção brasileira, incluindo o Vietnã, que tem registrado um declínio recente em sua produção de café. David Gantz, economista do Instituto Baker de Políticas Públicas da Universidade Rice, afirma que o país não teria capacidade, a curto ou médio prazo, de “conter o fluxo”.
Gantz acrescenta que, no Brasil, “algumas das exportações provavelmente cessarão completamente”, enquanto “outras continuarão, mas o consumidor acabará pagando um preço mais alto”.
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