Após mais de cinco meses de um conflito sangrento e devastador, o Conselho de Segurança da ONU finalmente aprovou, em 25 de março, sua primeira resolução pedindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza. O texto, proposto por um grupo de dez membros não permanentes do Conselho, foi aprovado com 14 votos a favor e apenas uma abstenção: a dos Estados Unidos.
A resolução:
- Exige um “cessar-fogo imediato” para o mês do Ramadã, um período sagrado para os muçulmanos que começou em 11 de março e termina em 9 de abril. O objetivo é criar um ambiente propício para a busca de uma trégua duradoura que ponha fim ao sofrimento da população civil em Gaza, que já dura mais de cinco meses.
- Exige a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns”. Essa medida visa garantir a segurança e o bem-estar de todos os indivíduos que foram capturados durante o conflito, independentemente de sua filiação política ou religiosa.
- Reconhece a importância de “uma solução de dois Estados”, com Jerusalém como capital de ambos. Essa é uma referência à solução mais ampla para o conflito israelo-palestino, que busca criar dois estados coexistentes e pacíficos na região.
O contexto:
- A resolução foi proposta por um grupo de dez membros não permanentes do Conselho: Equador, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia, Suíça, Argélia e Guiana. Essa iniciativa demonstra a crescente frustração da comunidade internacional com a falta de progresso na resolução do conflito em Gaza.
- É a primeira vez que o Conselho aprova uma resolução que fala em “cessar-fogo imediato”. As duas resoluções anteriores sobre o conflito, ambas aprovadas em 2023, apenas pediam “moderação” e “contenção”.
- É a terceira vez que o Conselho dá aval a um texto que trata do conflito em Gaza. As duas resoluções anteriores foram aprovadas em 2023, durante a última guerra entre Israel e Hamas.
A abstenção dos EUA:
Os Estados Unidos se abstiveram da votação por considerar que o texto não faz uma condenação explícita dos atos cometidos pelo Hamas. Essa posição demonstra a postura ambivalente dos EUA em relação ao conflito, com o país se distanciando de Israel, mas também se recusando a condenar o Hamas.
A abstenção americana é um forte gesto de distanciamento de Israel, que até então vinha bloqueando resoluções que pedissem cessar-fogo. Essa mudança de postura pode indicar uma crescente frustração dos EUA com a política israelense em relação ao conflito.
Em resposta à abstenção americana, Israel cancelou a visita de uma delegação do país aos Estados Unidos no final da semana. Essa medida demonstra a irritação de Israel com a posição dos EUA e pode ter um impacto negativo nas relações entre os dois países.
Outras informações:
- O Conselho realizou um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado terrorista em casa de show em Moscou, que deixou 137 mortos em 22 de março.
A resolução da ONU é um passo importante para a busca de um cessar-fogo em Gaza e para a resolução do conflito israelo-palestino. No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido. A implementação da resolução dependerá da vontade das partes envolvidas no conflito, especialmente de Israel e Hamas.
É importante destacar que a resolução não é uma solução mágica para o conflito em Gaza. Ela apenas cria um ambiente propício para a busca de uma solução duradoura. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, precisa se envolver ativamente no processo de paz para que o sofrimento da população civil em Gaza finalmente chegue ao fim.
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