**Será que a retórica de Lula ainda ressoa nas ruas?** Em um momento que levanta questionamentos sobre o futuro do Partido dos Trabalhadores, o presidente Lula faz um apelo urgente para que a legenda se reconecte com suas bases. Mas será que o PT, após anos de escândalos e políticas questionáveis, ainda consegue o apoio da população?
Em evento que marcou os 45 anos do PT, realizado no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso onde admitiu a necessidade de o partido “mudar” e “avançar sem perder a essência”, enfatizando a importância de “voltar a dialogar com a classe trabalhadora e a periferia”. Lula exortou os membros do partido a revisitarem o manifesto de fundação e a resgatarem as estratégias que, segundo ele, garantiram cinco vitórias presidenciais à legenda.
“O PT é uma ideia que se transformou em uma causa”, declarou Lula, buscando reafirmar a relevância do partido. “Nesses 45 anos de história, enfrentamos enormes desafios, mas nenhum desafio é maior do que nossa capacidade de luta”, completou o presidente, em uma tentativa de injetar ânimo em um partido que enfrenta crescente desconfiança.
Lula enfatizou a necessidade de o PT se reconectar com o cotidiano dos trabalhadores. “Para que continue a mudar o Brasil, o PT precisa mudar, precisa avançar sem perder de vista a sua essência. Tenho recomendado aos companheiros e às companheiras a leitura do manifesto de criação do PT”, disse. Será que essa “essência” ainda é compatível com as necessidades do Brasil moderno?
O presidente também defendeu a retomada de práticas como a discussão política nas fábricas e a implementação do orçamento participativo, iniciativas que, segundo ele, foram cruciais para o crescimento do PT. “O PT era organizado por núcleos. Eram núcleos por bairros, núcleos por local de trabalho, núcleos por locais de estudo, e eu lembro que chegamos a ter 1.600 núcleos do partido organizados por várias categorias. Lamentavelmente, isso deixou de ser uma prática. Outra coisa que o PT fez história foi o orçamento participativo, que em muitos lugares também deixou de existir”, relembrou Lula.
Em um momento de sinceridade, Lula expressou insatisfação com a falta de conhecimento de seu próprio governo, até mesmo entre seus ministros. “Cabe ao governo fazer as coisas corretas e dar as informações para vocês. Porque o governo que não dá informações, às vezes não tem como militante defender. E eu sei que nós não demos informações. Eu fiz uma reunião ministerial faz mais ou menos 20 dias. Eu descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que nós estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, declarou. Essa admissão levanta sérias dúvidas sobre a eficácia e a transparência da atual gestão.
Lula também criticou a oposição, acusando-a de usar a mentira como arma, e alertou para a existência de uma extrema-direita radicalizada que precisa ser combatida. Ele reafirmou seu compromisso com a defesa da democracia, mas sem “bravatas”, prometendo lutar por esse regime em qualquer lugar do mundo. Segundo ele, 2026 será o ano para “derrotar a mentira” no Brasil e no mundo. Será que essa retórica polarizada é o caminho para um Brasil mais unido e próspero?
O presidente também teceu duras críticas ao ex-presidente americano Donald Trump, afirmando que ele “não foi eleito para ser xerife do mundo”. Lula também aproveitou a oportunidade para atacar os donos de redes sociais, a quem acusou de tentar ditar os rumos do país. “Esse cidadão não foi eleito para ser xerife do mundo. Quem vai governar o Brasil somos nós. Ninguém, nem esses produtores das plataformas (redes sociais) que pensam que mandam no mundo, vai fazer com que a gente mude de rumo nesse país. Não adianta ameaçar pela Justiça, não adianta perseguir o Alexandre de Moraes”, disparou Lula.
Em meio às especulações sobre uma possível reforma ministerial, Lula elogiou a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, mas não confirmou sua entrada no primeiro escalão do governo. “Eu lembro que quando a Gleisi foi disputar a eleição no PT, muita gente não queria votar nela porque ela era muito estreita, ela só fala com a bolha, inventaram até o Lindbergh para disputar com ela. Eu disse: `gente, nós estamos precisando de alguém que fale para o PT'”, disse Lula.
Por sua vez, Gleisi Hoffmann aproveitou a oportunidade para atacar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), culpando-o pelo aumento no preço dos alimentos, que Lula havia citado como uma de suas preocupações. “As alternativas ao PT que os poderosos promoveram resultaram em governos desastrosos e em terríveis ameaças à democracia. Esse ser (Bolsonaro) agora está denunciado. E nos 45 anos de PT, é um presente para a democracia essa denuncia contra Bolsonaro. Com provas e um farto material produzido pelos seus asseclas, Bolsonaro sentará no banco dos réus. Será julgado no devido processo legal, coisa que não aconteceria se ele vencesse a eleição. É sem anistia para Bolsonaro e para os que praticaram o 8 de Janeiro”, afirmou Gleisi. Será que essa busca incessante por vingança política é o que o Brasil precisa para avançar?
Atenção: Oportunidade Única!
Você gostaria de ser atendido pela nossa equipe?
Sem precisar ficar o dia inteiro aguardando por uma resposta ou não ter a solução que você procura?
Entre em contato com a nossa Equipe de atendimento agora mesmo pelo WhatsApp agora mesmo e descubra como podemos ajudar você.
Comentários