Vereador Bruno Pezão é preso com R$ 663 mil em operação que investiga homicídio de cabo eleitoral e ligações com narcomilícia em Campos dos Goytacazes.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro apreenderam R$ 663.719,00 em espécie na residência do vereador Bruno Pezão, em Campos dos Goytacazes, durante a operação “Pleito Mortal” deflagrada nesta quarta-feira (18/09).

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As autoridades investigam se o montante é fruto de extorsões praticadas pela narcomilícia na Baixada Campista e se teria como destino a compra de votos.

A operação, que resultou na prisão em flagrante de Bruno Pezão por lavagem de dinheiro, visa esclarecer o assassinato do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Morais, ocorrido em 19 de julho de 2024. O crime teria motivação política, segundo as investigações preliminares.

Além do dinheiro, os agentes apreenderam uma arma de fogo calibre 380, o mesmo utilizado no homicídio de Aparecido. A polícia realizará exames de confronto balístico para determinar se a arma foi utilizada no crime. Diversos telefones celulares também foram recolhidos e serão periciados.

O promotor de Justiça Leonardo Kataoka, coordenador do GAECO/MPRJ, declarou que as evidências apontam para uma trama complexa envolvendo política e crime organizado.

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Ele ressaltou que o assassinato de Aparecido Morais parece ser apenas a ponta do iceberg de um esquema maior de controle territorial e eleitoral na região.

Comício polêmico e ligações com o crime

Um episódio que chamou a atenção dos investigadores ocorreu na véspera do assassinato. Bruno Pezão realizou um comício em Campo Novo, no qual fez uma videochamada com Marcos Vinícius da Silva, conhecido como “MV”, suposto chefe do tráfico local, que está preso em Bangu desde 2010. A imagem do criminoso foi projetada em um telão para a comunidade.

Kataoka considerou o ato uma afronta às normas de conduta política e jurídica.

– Este episódio simbolizou uma inversão de valores na gestão pública: um representante eleito pelo povo para proteger os interesses da comunidade aliou-se abertamente ao crime _afirmou.

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Detalhes da operação

A operação “Pleito Mortal” cumpriu nove mandados de busca e apreensão, incluindo a residência de Bruno Pezão, seu comitê de campanha, a Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes e a cela de José Ricardo, vulgo “Ricardinho”, na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4).

As autoridades destacaram que a investigação continua em andamento e que o material apreendido será analisado para aprofundar as apurações sobre as extorsões e outras questões relacionadas à morte do cabo eleitoral.

O advogado de Bruno Pezão informou que o vereador se reservou o direito de prestar depoimento apenas em juízo. O político será encaminhado para a casa de custódia nos próximos dias, após a formalização dos atos burocráticos e administrativos.

Impacto nas eleições

A operação “Pleito Mortal” contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (SISPEN/SEAP-RJ). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes.

As autoridades esperam que esta ação contribua para garantir a integridade do processo eleitoral na região e coibir a influência de facções criminosas na política local.

O caso será encaminhado aos promotores eleitorais da comarca para que sejam tomadas as medidas cabíveis em relação à campanha irregular.

Destaques da entrevista com a Delegada Nathália Patrão

Motivação do crime

“Estamos diante de um caso grave de violência política. As investigações indicam que o crime foi planejado para eliminar um adversário político e consolidar o domínio de determinado grupo sobre áreas estratégicas do município.”

Ligação entre política e crime

“A projeção da imagem de Ricardinho no telão é um gesto de poder que procura intimidar os adversários políticos e subjugar a população, deixando claro que as verdadeiras decisões da vida daquela comunidade são tomadas pelos criminosos.”

Estratégia de intimidação

“A escolha de Bruno Pezão de se rodear de indivíduos com vasto histórico criminal é uma forma de usar a intimidação como ferramenta de controle social e político. Isso cria um ambiente de medo entre a população e os adversários políticos.”

Combate à criminalidade

“Nossa mensagem é clara: esta conduta será vigorosamente repudiada e combatida por nós para restaurar a ordem e a confiança social na polícia civil, militar, Ministério Público e Secretaria de Administração Penitenciária. Vamos atuar de forma firme, contundente e decisiva.”


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