Você sabia que a desigualdade racial pode estar roubando o futuro de jovens em Niterói e São Gonçalo? A mais recente pesquisa revela dados alarmantes sobre o mercado de trabalho dessas cidades, onde muitos jovens estão abandonando suas comunidades devido à falta de oportunidades iguais. Descubra o que exatamente está acontecendo e como isso afeta a vida de milhares!
A segunda rodada da pesquisa intitulada “A incidência do racismo sobre a empregabilidade da juventude em Niterói e São Gonçalo” foi revelada na última semana, durante um evento no Auditório do Caminho Niemeyer em Niterói, em uma parceria com a Bem TV. O estudo, que recebeu apoio do Ministério da Igualdade Racial, baseou-se nos dados dos dois últimos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e trouxe à tona informações alarmantes. Em 2010, Niterói tinha quase 114 mil jovens entre 15 e 29 anos; no entanto, em apenas doze anos, esse número caiu para menos de 90 mil. Já em São Gonçalo, a população jovem apresenta uma diminuição de quase 40% em relação ao que seria ideal.
De acordo com os pesquisadores, o mercado de trabalho em Niterói enfrenta uma taxa de desocupação juvenil superior à do Estado do Rio de Janeiro e mais do que o dobro da média nacional. A situação se agrava, pois a precarização do mercado de trabalho afeta de forma disparatada jovens negros e brancos, conforme os resultados da pesquisa.
A coordenadora do estudo, Márcia Côrrea e Castro, destaca a gravidade dessa situação: enquanto jovens brancos, mesmo diante da perda de direitos, ainda têm chances de ascensão profissional, os jovens negros são forçados a se inserir na “plataformização da economia”.
“Os dados mostram que, apesar dos brancos perderem direitos, eles continuam a vislumbrar oportunidades de crescimento e a ter acesso aos melhores salários. Em contrapartida, os jovens negros dominam as estatísticas da ‘plataformização da economia’, integrando uma força de trabalho que depende de aplicativos digitais”, explica Márcia Castro.
A pesquisadora também ressalta que os índices de evasão juvenil em Niterói e São Gonçalo são alarmantes, superando a média nacional. “É impressionante como a evasão juvenil nessas cidades é elevada. Em Niterói, o índice de desemprego juvenil é 12 pontos percentuais maior do que a média brasileira, enquanto em São Gonçalo esse número é oito pontos percentuais acima da média nacional para a juventude”, indica a coordenadora da pesquisa, conforme reportado pelo veículo O Globo.
Além da redução populacional, o estudo evidencia a desconfiança do setor privado em relação às políticas de diversidade e à desigualdade racial, mesmo diante de discursos que promovem inclusão. Os dados levantados desafiam os avanços simbólicos e a persistência de padrões de exclusão em relação ao acesso a direitos como educação e emprego. O relatório conclui que a igualdade de oportunidades ainda está distante, apesar dos pequenos progressos realizados.
Para chegar a essas conclusões, mais de 2.000 jovens foram entrevistados nas ruas de Niterói e São Gonçalo. O estudo incluiu grupos focais com jovens negros e brancos, além de um grupo misto, desenvolvendo-se ao longo de 2024.
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