Prepare-se para uma reviravolta! O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado um dos nomes fortes da direita para 2026, surpreende ao mudar o discurso sobre a polêmica tarifa imposta pelos EUA. Será que essa mudança de postura indica uma nova estratégia política em ascensão? Descubra os bastidores dessa decisão e os impactos que ela pode trazer para o futuro do Brasil.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou neste sábado (12) preocupação com a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, classificando-a como “complicada” para o país. Em defesa dos interesses nacionais, ele propôs uma ação coordenada entre os governos federal e estaduais para mitigar os efeitos econômicos dessa medida protecionista.
Apontado como um potencial candidato à Presidência em 2026, o governador tem buscado um papel de liderança na busca por soluções para a crise, embora enfrente certa resistência dentro de seu próprio campo político. Durante um evento realizado em Cerquilho (SP), Tarcísio adotou um tom diferente de declarações anteriores, nas quais havia direcionado críticas ao governo Lula (PT) pela imposição das tarifas.
Dessa vez, o governador ressaltou a importância da atuação diplomática por parte do governo federal, além de afirmar que o estado de São Paulo está contribuindo ativamente como um interlocutor técnico, fornecendo dados que evidenciam o impacto das medidas na economia local. “É algo complicado para o Brasil, para segmentos da nossa indústria e do agronegócio. Precisamos estar de mãos dadas, deixar a questão política de lado e tentar resolver isso juntos”, declarou Tarcísio.
Entre os setores mais afetados, o governador destacou a indústria aeronáutica e o agronegócio. Segundo ele, a Embraer — com unidades fabris em São José dos Campos e Gavião Peixoto — pode vir a perder encomendas de até 90 aeronaves para empresas americanas, como a American Airlines. “O tarifaço pode adicionar US$ 9 milhões a cada avião, o que inviabiliza os contratos”, alertou. Ele ainda ressaltou que 30% dos voos em aeroportos como LaGuardia, em Nova York, e Ronald Reagan, em Washington, utilizam aeronaves da fabricante brasileira.
No que diz respeito ao agronegócio, Tarcísio mencionou produtos como suco de laranja, açúcar e etanol. De acordo com suas declarações, a tarifa não apenas prejudica os produtores brasileiros, mas também onera o consumidor americano, ao aumentar o custo da produção local que depende de insumos provenientes do Brasil. “Eles não terão substitutos de curto prazo”, enfatizou.
Distanciando-se de propostas defendidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como os deputados Eduardo e Flávio Bolsonaro, que condicionam o fim do tarifaço a uma anistia geral para os acusados da tentativa de golpe e dos atos de 8 de Janeiro, Tarcísio afirmou que se trata de uma “questão de ponto de vista”. Ele ressaltou que, no momento, sua prioridade são os interesses do estado de São Paulo. “Estou falando de empregos, de pais de família”, concluiu.
A tentativa de Tarcísio de se apresentar como um mediador na crise tem gerado reações diversas, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto entre figuras do bolsonarismo. Setores alinhados ao ex-presidente Bolsonaro acusam o governador de tentar “voar solo” e buscar protagonismo político. O próprio ex-presidente tem evitado abordar os efeitos econômicos da medida, mantendo o foco na anistia aos seus apoiadores como principal demanda.
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