O futuro do etanol brasileiro está em jogo! Uma decisão nos Estados Unidos pode impactar drasticamente a economia nacional, mas a solução para esse problema pode ser ainda mais danosa. Descubra por que a imposição de tarifas americanas pode ser o menor dos males para os produtores de biocombustível do Brasil.
A possível imposição de tarifas pelo governo dos EUA sobre o etanol brasileiro tem gerado apreensão no setor. No entanto, a verdadeira ameaça reside na necessidade de evitar uma guerra comercial. Para isso, o governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, poderia ceder à pressão e reduzir o imposto de 18% sobre o etanol americano. Essa medida, no entanto, abriria as porteiras para um volume gigante de etanol dos EUA, inundando o mercado nacional. As consequências para a indústria local seriam devastadoras, superando em muito a perda de espaço no mercado californiano.
Embora o Brasil tenha exportado cerca de 300 milhões de litros de etanol para os EUA no ano passado, impulsionados por incentivos de combustíveis de baixo carbono na Califórnia, esse volume representa uma pequena parcela do mercado interno. Os carros flexíveis no Brasil consomem uma mistura de etanol e gasolina, com alguns rodando exclusivamente com etanol. A entrada maciça de etanol americano representaria um golpe duro para os produtores nacionais.
Edmundo Barbosa, presidente do Sindalcool-PB, expressou preocupação com a possibilidade de o etanol americano invadir o mercado nacional. A indústria brasileira de etanol, em constante expansão, tem investido na produção de etanol de milho para atender à crescente demanda, principalmente na região Nordeste. A redução de tarifas ou a suspensão de impostos resultaria em um mercado nordestino dominado pelo produto americano.
As possíveis reações do governo Lula às tarifas americanas ainda são incertas. Contudo, a consultoria Datagro alertou, em relatório de fevereiro, que a remoção do imposto sobre o etanol americano levaria a uma “inundação” do mercado do Nordeste. A importação de etanol dos EUA poderia se tornar mais barata do que o transporte do produto do Centro-Sul brasileiro, principal região produtora, para o Nordeste. Um mercado de 32 bilhões de litros de etanol estaria em risco.
A redução de tarifas ocorreria em um momento de expansão da demanda interna. O governo brasileiro planeja aumentar a mistura obrigatória de etanol na gasolina para 30%, o que adicionaria 1,3 bilhão de litros à demanda anual. As importações de etanol para o Nordeste têm diminuído, impulsionadas pela entrada em operação de novas usinas.
A Inpasa Agroindustrial SA, grande fornecedora de etanol de milho, está construindo sua primeira fábrica no Maranhão e planeja outro investimento na Bahia, com previsão de produção de 800 milhões de litros, suprindo metade das importações da região em 2017. Outras empresas, como a cooperativa Pindorama, e o governo do Piauí também estão investindo na produção local.
Guilherme Nolasco, presidente da Unem, ressalta que a isenção de impostos de importação em ambos os países prejudicaria os pequenos produtores locais. “Só existe um mercado no mundo que demanda etanol em grandes quantidades, e esse mercado é o Brasil”, afirmou Nolasco.
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