Um incêndio devastador em uma fábrica de lubrificantes na Ilha do Governador está colocando em xeque a segurança ambiental da região e levantando questões inquietantes sobre suas causas e consequências. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já iniciou uma investigação aprofundada para desvendar todos os detalhes desse trágico evento. O que estará por trás do incêndio e quais impactos isso poderá ter no meio ambiente?

De acordo com informações, o MPRJ solicitou, na última segunda-feira (10), um relatório técnico completo ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Este documento deve esclarecer a operação da fábrica de lubrificantes Moove, controlada pela Cosan, além de investigar as possíveis causas do incêndio e seus impactos na região.

Após 18 longas horas de combate ao incêndio, foram encontrados resíduos oleosos na Baía de Guanabara. Os especialistas do Inea agora trabalham freneticamente na contenção e recolhimento desse resíduo, garantindo que ele não se espalhe para áreas adjacentes. Além disso, a Polícia Civil já começou a investigar as circunstâncias de todo o incidente.

Segundo o MPRJ, os problemas ambientais vinculados à fábrica já eram motivo de preocupação. Desde 2013, uma Ação Civil Pública (ACP) havia sido iniciada contra a ExxonMobil Química Ltda., que na época era a proprietária do local, por conta da contaminação ambiental gerada. Com a venda da unidade, a Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A. assumiu as responsabilidades do processo em andamento.

Em 2024, a Cosan expressou o desejo de negociar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPRJ, visando reparar os danos ambientais anteriores. Contudo, as conversas não avançaram devido à complexidade na definição do valor da reparação. Agora, com a situação provocada pelo incêndio, qualquer discussão relacionada ao TAC está suspensa até que todas as causas e impactos do acidente sejam devidamente apurados, segundo a Promotoria.

A Justiça havia concedido uma liminar ao MPRJ para que medidas emergenciais fossem adotadas, com a decisão sendo mantida mesmo frente a diversos recursos feitos pela ExxonMobil e pela Cosan. Entretanto, o julgamento do caso ainda não ocorreu devido a complicações nas perícias técnicas e a um erro cartorário que arquivou o processo indevidamente. Os autos foram reconstituídos em novembro de 2024, e o MPRJ planeja exigir a continuidade do julgamento.

Por sua vez, a população e organizações como o Movimento Baía Viva fazem alertas sobre o potencial de tragédias na fábrica da Moove. Com um inquérito pendente desde 2018, o grupo expressou preocupações sobre os riscos de desastres na área. Em uma análise realizada em 2019, foi destacado que a Ilha concentra 33 pontos críticos de 92 áreas de risco tecnológico na cidade. A situação se torna ainda mais alarmante com instalações de materiais perigosos nas proximidades, aumentando o risco de incêndios ou explosões.

Por fim, o MP havia aberto um inquérito civil para investigar a possível inação das autoridades diante dos riscos ambientais presentes na Ilha do Governador. No último sábado, o Movimento Baía Viva revelou que, em resposta ao processo, o Inea havia afirmado que as instalações da empresa eram seguras.


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