Carta na prisão seria objeto de colaboração premiada com a Procuradoria de Justiça, segundo apontou a advogada de Lourival, Flávia Fróes.
O técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, preso desde março pelo desaparecimento da advogada e estudante de psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, escreveu uma carta na prisão detalhando os eventos que levaram à morte de Anic. Na última quinta (29), o mistério sobre onde está Anic completou seis meses.
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Apesar de buscas, corpo da advogada ainda não foi localizado pelos policiais da 105ªDP (Petrópolis).
A carta seria objeto de colaboração premiada com a Procuradoria de Justiça, segundo apontou a advogada de Lourival, Flávia Fróes, em entrevista a O Globo.
“O benefício pedido na colaboração incluiria a possibilidade de que dois filhos e a ex-mulher do técnico de informática, que também estão presos por suspeita de participação no desaparecimento, respondam pelas acusações em liberdade”, informou.
A revelação sobre a carta aconteceu nesta sexta-feira pela advogada. Segundo Fróes, seu cliente confessou que Anic foi assassinada em 29 de fevereiro de 2024, data em que ela foi vista pela última vez saindo a pé de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
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Local exato da morte
Com o acordo, Lourival se compromete a revelar o local exato onde Anic foi morta.
– Ainda que não haja um acordo de colaboração premiada, a intenção do Fatica já é esclarecer isso, levar à polícia, à justiça, à imprensa, ao local onde os fatos se deram, aonde vai se poder apurar com solar clareza. Com o uso de técnicas periciais da polícia científica, vai se apurar plenamente que Anic morreu naquele local – disse a advogada ao O Globo
Ela ainda complementou:
– Há vestígio de sangue, material genético, é sabido que o luminol consegue detectar a presença de sangue até cinco anos depois do fato. Não adianta lavar, o Luminol é capaz de verificar isso e o local do fato aonde a Anic morreu ele vai revelar. É a intenção dele, havendo ou não a colaboração. Quanto antes puder dar fim, dar termo, dar uma resposta à sociedade, aos amigos da Anic e a filha dela — comentou.
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Lourival também teria provas de que cometeu o crime a mando de uma pessoa de alto poder aquisitivo, informou a advogada. E
Fróes não divulgou o nome do suposto responsável por ordenar a morte da estudante de Psicologia.
A advogada ainda declarou que os dois filhos e a ex-namorada de Lourival não teriam participado diretamente do crime.
— Quero aqui deixar esclarecido o que foi dito pelo Lourival Fatica. Os demais corréus, são os filhos dele, a Maria Luisa e o Henrique, e a sua companheira Rebeca. Nenhum deles tem qualquer relação com a morte de Anic. Eu ressalto que eles apenas tiveram o benefício financeiro, em alguma medida, porque eles jamais fizeram qualquer inspeção sobre a forma e de onde provém a condição financeira que o Fatica ostenta, mas desde sempre. O Fatica sempre teve uma condição financeira privilegiada, ele tinha jet ski, barco — informou.
Mais sobre o caso
Segundo relatório de investigação do caso da Polícia Civil, o suspeito e a vítima mantinham um caso extraconjugal, segundo depoimento de uma testemunha.
A investigação também aponta que Anic teria entrado em um carro dirigido por Lourival, após ter sido vista pela última vez caminhando pelo Centro do município de Petrópolis, através de câmeras de segurança.
A família da vítima teria pagado a quantia de R$ 4,6 milhões, exigida por uma pessoa que fez contato por mensagens de texto com o telefone de Benjamim Cordeiro Herdy, de 78. Marido da estudante, ele é casado há cerca de 20 anos com a advogada.
Seu marido seria um dos herdeiros do fundador de um complexo educacional que originou uma universidade particular, vendida para outro grupo educador, em 2021.
Apesar do pagamento do resgate ter sido feito, a advogada não teria voltado para casa. A polícia já trabalhava com a hipótese dela ter sido assassinada.
Lourival era responsável pela segurança pessoal da família de Anic. Ele teria instalado câmeras de segurança na casa onde a vítima e o marido moravam, em Teresópolis.
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