Existem diferenças muito significativas entre o Rio de Janeiro da propaganda e o Rio de Janeiro real; entre a fachada e a realidade dos interiores. Em Copacabana, bairro mais conhecido do mundo, a fachada engana bastante. Quem a passa pela Avenida Atlântica vê um belíssimo cenário, que apresenta alguns problemas, como sabemos. Mas nada que se compare à realidade das ruas internas do charmoso bairro da Zona Sul carioca.
Carros estacionados nas calçadas, passeio esburacado, sujeira e camelôs vendendo de tudo um pouco. Nada fora da normalidade do bairro, que já se cansou de reclamar da insegurança e da desordem urbana. É fato, no entanto, que há situações que não podem e não devem ser normalizadas. Ainda mais quando se trata da apropriação do espaço público para todo tipo de ação, especialmente por parte de moradores de rua e usuários de drogas.
Na esquina de Rua Barão de Ipanema com a Domingos Ferreira, entre seis e oito mendigos se alojaram em volta de uma banca de jornal localizada na esquina das duas vias, em frente ao restaurante Rincão do Tchê. Em um vídeo publicado na internet é possível ver, os moradores de rua dormindo em plena luz dia, deitados em colchões organizados em fila, atrapalhando pedestres e motoristas que precisam estacionar os seus carros.
À noite, passar pelo local é uma prova de coragem, que muito poucos se aventuram a dar. A desordem, a gritaria e as práticas libidinosas espantam qualquer pedestre das proximidades, especialmente, mulheres e idosos. O trecho foi dominado pelo grupo, que dele dispõe como bem intende.
De acordo com uma moradora da Barão de Ipanema que entrou em contato com a redação do DIÁRIO DO RIO, além do risco de assaltos e do constrangimento de ver atos contrário à civilidade, quem passa pelo local tem que se deparar com um insuportável cheiro de fezes e de urina, que impregnou os arredores. Além de dormitório, o trecho virou um banheiro público a céu aberto, com dejetos humanos se misturando aos de animais.
Uma ida ao Rincão do Tchê, segundo a moradora, pode representar uma tarefa muito desafiadora. Sujar os sapatos nas calçadas imundas, apesar de desagradável, nem de longe é o pior. Pedidos de “contribuições” para comparar quentinha, lanches e outros itens sugeridos pelos mendigos são frequentes e nem sempre feitos com gentileza, principalmente a mulheres, adolescentes e idosos.
A população de Copacabana reclama, e não é de hoje, da atuação de grupos imensos de moradores de rua que ocupam e degradam as calçadas do bairro, impedindo a circulação a qualquer hora do dia ou da noite.
O bairro mais conhecido do mundo não pode ser apenas um bairro de fachada. Tem que ser belo e reverenciado por inteiro. Copacabana é o bairro mais democrático e múltiplo do Rio de Janeiro, abrigando a todos que ali chegam. A sua população, composta por muitos idosos, merece mais respeito. É preciso resgatar a beleza e o charme da Princesinha do Mar.
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