A noite de quinta-feira (30) foi um verdadeiro pesadelo para mais de 20 motoristas de aplicativo na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A turma foi atraída por corridas falsas e acabou rendida por traficantes do Morro do Dendê. Segundo relatos, os reféns só foram liberados depois de fazer pagamentos em dinheiro e PIX para os criminosos.
Os motoristas foram chamados para pegar passageiros na Rua Magno Martins, mas ao chegar lá, foram cercados pelos bandidos. Esses traficantes levaram os motoristas para dentro da comunidade e os mantiveram sob a mira de armas.
De acordo com um dos motoristas, quem não é da Ilha está proibido de rodar por lá. Os que são moradores precisam pagar uma taxa semanal de R$ 60 para continuar trabalhando. Além disso, os criminosos anotaram a placa dos carros e ameaçaram: “Se pegar de novo rodando na Ilha, vai ser no esculacho, tiro, humilhação”.
Estima-se que cerca de 300 motoristas sejam extorquidos semanalmente, gerando uma arrecadação de aproximadamente R$ 60 mil por mês para os traficantes.
O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha do Governador) e pelo menos 11 motoristas já prestaram depoimento. A polícia já identificou sete criminosos envolvidos.
Dois bandidos já estão atrás das grades: Alessandro Villani, miliciano responsável pela cobrança dos motoristas, foi preso em 17 de abril após ser identificado num posto de gasolina. Antes disso, Anderson Costa Vieira de Melo, um mototaxista que repassava os pagamentos, foi preso em 8 de março.
Na última terça-feira (28), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou membros do Terceiro Comando Puro (TCP) por extorsão de motoristas de aplicativo, taxistas e mototaxistas na Ilha do Governador.
Entre os denunciados estão Marlom Rodrigues Chieregatto dos Santos, conhecido como “ML” ou “Marreco”; Leonardo Rodrigues Pereira, o “Dogão”; Leonardo Alves dos Santos, o “Valoroso” ou “Pavora”; e Anderson Alves dos Santos Barbosa. Claudio da Rosa Gomes da Silva Carvalho, o “Nhonho”; e Mario Henrique Paranhos de Oliveira, o “Neves” ou “Nem”, acusado de ser o mandante das atividades ilícitas, também foram denunciados.
A Polícia Militar, em parceria com as empresas de aplicativo, criou um botão chamado “Ligar para a polícia” dentro dos apps, para ser acionado por passageiros ou motoristas em caso de emergência.
A 99 afirmou que está investigando o ocorrido e se colocou à disposição das autoridades para colaborar. A empresa reiterou que investe em alta tecnologia para proteger motoristas e passageiros. Já a Uber lamentou o caso e também ofereceu apoio às investigações.
Os motoristas estão apavorados e temendo pela própria vida ao tentar ganhar o pão de cada dia. A situação na Ilha do Governador mostra o nível de impunidade e controle que os traficantes têm sobre o território, e reforça a necessidade de ações mais enérgicas por parte das autoridades para garantir a segurança de todos.
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