Nas cidades de Atafona e do Rio de Janeiro, nos últimos 30 anos, o aumento do nível do mar foi de 13 centímetros, segundo relatório da ONU.
A rápida elevação do Oceano Pacífico levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a emitirem alerta mundial nesta terça-feira (27). Diversas cidades litorâneas no mundo sofrerão elevação dos mares nos próximos anos, dentre elas, o Rio de Janeiro e Atafona, em São João da Barra (RJ). Em ambas as cidades, é esperado um aumento de até 21 centímetros até 2050.
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O relatório com os detalhes contendo essas mudanças e cidades diretamente afetadas, foi apresentado nesta terça-feira, pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, conforme publicado pelo O Globo.
O relatório mostra que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico.
Nas cidades de Atafona e do Rio de Janeiro, o aumento foi de 13 centímetros no mesmo período, afirmou a Organização.
Risco para as economias litorâneas
Segundo António Guterres, em todo o mundo, o aumento do nível do mar tem um poder incomparável de causar estragos nas cidades costeiras e devastar economias litorâneas.
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-Os líderes globais precisam agir: reduzir drasticamente as emissões globais; liderar uma transição rápida e justa para o fim dos combustíveis fósseis; e aumentar massivamente os investimentos em adaptação climática para proteger as pessoas dos riscos presentes e futuros — disse.
Derretimento das calotas polares e aumento das temperaturas
Pesquisas apontam que o aumento do nível do mar é proveniente do aumento das temperaturas, o que causa o derretimento das calotas polares. À medida que o aquecimento aumenta e o gelo derrete, o mar sobe de nível.
Ilhas do Pacífico e sua vulnerabilidade em relação ao aumento do nível do mar
De acordo com a Organização das Nações Unidas, as ilhas do Pacífico são excepcionalmente expostas, já que as temperaturas nos mares da região estão subindo muito mais rapidamente do que as médias globais.
Nestas regiões, a elevação média é de apenas um a dois metros acima do nível do mar.
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E cerca de 90% da população vive a apenas 5 quilômetros da costa, além da metade da infraestrutura estar a 500 metros do mar.
Riscos adicionais para além da elevação do nível do mar nas cidades costeiras
Ainda segundo publicação do O Globo, o relatório aponta que os riscos e perigos costeiros impulsionados pelo clima não vêm apenas da elevação do nível do mar (SLR), mas também de sua amplificação de marés de tempestade, marés normais e ondas.
A expectativa é que os perigos de inundação na costa das cidades aumentem devido ao afundamento local do solo, resultado de atividades humanas como construção de barragens ou extração de água subterrânea e combustíveis fósseis.
Os efeitos combinados podem levar a danos na infraestrutura devido a inundações costeiras, intrusão de água salgada em aquíferos e rios, recuo da linha costeira e mudança ou perda de ecossistemas costeiros e setores econômicos, afirma a ONU.
Efeito pode provocar migração involuntária e aumento populacional no interior
Cientistas que assinam o relatório apontam, ainda, que as consequências não deverão se restringir às cidades costeiras.
Um exemplo é o deslocamento e migração involuntários induzidos pelo clima em áreas costeiras podem levar a movimentos populacionais para áreas interiores, enquanto a perda de atividades econômicas, como pesca ou agricultura, e danos a portos podem comprometer gravemente os sistemas alimentares globais, diz o órgão.
Aumento de inundações costeiras
Os cientistas apontam, ainda, que pequenos aumentos no nível relativo do mar podem aumentar desproporcionalmente a frequência de inundações costeiras.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Climate Impact Lab (CIL), a extensão das inundações costeiras aumentou nos últimos 20 anos como resultado da elevação do nível do mar, o que significa que 14 milhões de pessoas a mais em todo o mundo agora vivem em comunidades costeiras com uma chance de 1 em 20 anos de sofrer inundações.
Elevação da frequência de eventos extremos
A frequência de eventos extremos, embora raros, de elevação do nível do mar atualmente, está projetada para aumentar substancialmente na maioria das regiões.
Em uma média global, o evento extremo de elevação do nível do mar de 1 em 100 anos (em termos de nível total da água) está projetado para ocorrer uma vez a cada 30 anos até 2050 e uma vez a cada 5 anos até 2100. A projeção é do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC.
Esses eventos estão projetados para ocorrer mais de uma vez por ano até 2100, com 4,4°C de aquecimento.
Também de acordo com estudo recente, a projeção é que eventos menores de inundações, que atualmente ocorrem anualmente, acontecerão na maioria dos dias do ano em todo o mundo com uma elevação de 0,7m no nível do mar.
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