Sumido por quatro dias, o aposentado Jorge Alexandre Passos reapareceu em casa com feridas no rosto e nos braços. Ele conta que foi enganado por uma mulher que conheceu na internet.
Jorge, que mora em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, saiu de casa para encontrar a tal mulher em Seropédica, na Baixada Fluminense. “Fui numa quinta-feira, como meus filhos falaram. Só voltei numa segunda. Só fui me lembrar de alguma coisa quando cheguei em casa”, relata o aposentado, ainda atordoado.
Segundo Jorge, ele ficou desacordado por pelo menos quatro dias. O prejuízo foi grande: ele calcula que perdeu entre R$ 17 e R$ 18 mil. “Ela pegou meus cartões de crédito e débito, foi depenando o que podia”, lamenta.
Os filhos de Jorge disseram que o pai voltou para casa num carro de aplicativo. “É um sentimento de impotência ver o cara que te criou, que sempre foi forte, naquele estado”, desabafa Alexandre Jorge, filho do aposentado.
“Ela fez compras em supermercados, lojas de roupas, lanchonetes, e até eletrodomésticos”, detalha Alexandre. A família está revoltada com a situação e busca justiça para o pai.
A internet e os aplicativos de mensagens e relacionamento são terreno fértil para criminosos. Eles atraem vítimas para encontros em locais onde são roubadas ou agredidas, como aconteceu com Jorge. Outras vezes, aplicam golpes que se desenrolam totalmente no ambiente virtual.
A Polícia Civil informou que a delegacia de Seropédica está empenhada em identificar e prender a mulher que enganou o aposentado. “Estamos investigando todas as pistas para capturar a responsável por esse crime”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
Essa situação acende um alerta sobre os perigos dos encontros marcados pela internet. É essencial tomar precauções e, sempre que possível, avisar familiares e amigos sobre os planos. Desconfie de situações muito perfeitas e sempre se encontre em locais públicos e movimentados.
Enquanto a investigação continua, Jorge e sua família tentam recuperar o tempo perdido e seguir em frente. “Espero que essa história sirva de alerta para outras pessoas, para que ninguém mais passe pelo que eu passei”, finaliza Jorge, ainda abalado pelo trauma, mas determinado a seguir em frente.
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