Na ditadura funcionava assim: os órgãos de informação espionavam as pessoas consideradas “perigosas” para o regime. Depois prendiam, torturavam, matavam. Era um Estado policial, que praticava terror oficial.
No governo Bolsonaro, defensor e saudosista do regime militar, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), dirigida à época pelo hoje deputado federal Ramagem (PL/RJ), voltou a exercer papel semelhante aos tempos da ditadura: foi usada para monitoramento ilegal de adversários no Parlamento, no STF e na imprensa e até mesmo para espionar aliados, como Arthur Lira (PP-SE), presidente da Câmara.
Por ordem do ex-presidente, a ABIN foi empregada para dar apoio a um dos seus filhos, o hoje senador Flavio Bolsonaro (PL), acusado do uso de “rachadinha” em seu gabinete quando era deputado estadual. Auditores fiscais da Receita, que investigavam o filho 01, foram alvo de ação clandestina de espionagem com o objetivo de “descobrir podres” dos servidores.
A investigação conduzida pela PF descobriu que alguns grupos dentro da agência, saudosistas da época do arbítrio, se organizaram para vigiar pessoas cladestinamente e esquadrinhar a vida de autoridades, jornalistas e suas famílias. Abuso total, arapongagem oficiosa!
Numa das conversas, mencionam “tiro na cabeça” do ministro Alexandre Moraes. São torturadores contemporâneos, só que já não podem seviciar os outros como antigamente.
São ramificações torpes de uma visão autoritária, criminosa, prepotente.
Essa gente considera de sua propriedade os bens da República (vide o roubo das joias). E ficou desesperada ao ter que entregar o poder (vide as articulações golpistas para permanecer nele).
Essa “arapongagem” tem que ser punida com rigor, com cadeia.
Bolsonaro, Ramagem e sua turma não conseguem conviver com o Estado Democrático de Direito. Precisam ser banidos da vida pública.
O PSOL representou contra Ramagem desde que surgiram as primeiras notícias da instrumentalização espúria da Abin. O processo tem que andar.
Ditadura, espionagem, censura e tortura nunca mais!
*Chico Alencar é escritor, professor de História e deputado federal pelo PSOL-RJ
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